domingo, 25 de novembro de 2012

Náutico vai pegar ou ser pego pelo Sport?


Se o Timbu tivesse perdido, o Leão dependia só de si.
Agora, além de ganhar um jogo fora, nos Aflitos,
onde o Náutico tem feito grandes partidas, ainda
terá que mandar duas malas recheadas como incentivo
extra para Ponte e Atlético de Goiás.
O Sport terminou com um time capaz de brigar por
posições mais espetaculares na Série A, mas foi tarde.
Quem sabe apenas escapa, no sufoco, 
como no ano passado. Vale torcer
até o final e ver que bicho dá.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

A urupemba do ministro do supremo


Barboooosa, assim meu crime não prescreve!
Lamentam os apenados do mensalão.

Efeito Zé Dirceu?


O ministro da justiça nega, diz que foi coincidência,
que sempre defendeu melhorias
no sistema prisional.
Acredito.
Mas uma força aê, nunca
é demais, né?

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Quais as chances do Sport cair?


Depende do pesquisador, de sua metodologia.
Probabilidade é um lance que tende a ser furado no futebol.
Certa vez, numa copa do mundo, a Alemanha ia jogar com um
time que não lembro exatamente (Egito, Turquia, Argélia...). Uma
senhora cravou na loteria exatamente o adversário da poderosa
Alemanha. Ai eu, todo ligado, disse: nem que esse time entre
em campo armado de metralhadora, derrota os Chucrutes.
A Alemanha perdeu e eu fiquei com cara de besta.
Então, tá, a Portuguesa tem cerca de 30% pra uns e 12,4% pra
UFMG, de chances de cair. Mas nós, torcedores
temos nossa própria lógica, movida pela
fé e pelo desejo. Pelo menos, no Sport
é assim. Tu vai ver.

Sport dá mais um passo contra queda



A coisa (perdão) vai se resolvendo em doses homeopáticas (agora pelo chavão).
Se a gente tivesse ganho daquela baba que foi o jogo contra o Figueirense, já
estaríamos fora da zona de degola. Mas o bom do futebol é, justamente,
esse se. Se aquela bola entra, se o juiz não desse a falta dentro da área, se Saulo não falhasse, se Saulo não defendesse aquele pênalti, se fulano jogasse etc. Somos um amontoado de "se".
Continuo, então, se a gente ganhar do Fluminense, se o Náutico perder do Bahia, se o Sport
vencer o Timbu nos Aflitos... Peraê, minino, assim é se demais! O Leão terminando
na frente do Náutico, quando a poucas rodadas tinha mais de 90% de chances
de cair, enquanto o time da Rui Barbosa tinha menos de 1%?!!!!!
Acorda pra Jesus, apague a luz! Ok, mas, futebol é como fralda de bebê,
ali, tudo pode acontecer (findo com outro lugar-comum, mas,
desse, não peço perdão.) "Vamo lá!"

domingo, 18 de novembro de 2012

Ministro da Justiça prefere morrer do que ir pra cadeia


Pense num rebuceteio: o ministro disse que preferia morrer do que
pegar uma pena longa num presídio brasileiro. Algo assim.
Pior é que foi dito num momento em que Zé Dirceu recebia a
sentença de 10 anos e dez meses. 
Meu Deus, pensei, será que Cardozo está sugerindo que Dirceu
diga não à cadeia? Ele disse que foi coincidência.
A frase seria comum, caso fosse dita por mim ou por você, e não pelo
ministro da justiça, de quem esperamos soluções para o problema,
e que sua área não gastou nem perto da metade da verba
prevista para melhorias no sistema prisional.
A assessoria de comunicação de Zé Eduardo Cardozo
deve ter ido à loucura. Dilma idem. Mas foi bom
trazer o assunto e o drama pra ver se algo de concreto se faz.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Fliporto x Feira da Cachaça

 
Charge publicada na Folha de Pernambuco em 16/11/2012

Dois programões para hoje e amanhã.
Mas o que tem a ver cachaça com literatura?
Ambas aguçam a imaginação.
Ambas fazem a ponte entre mundo real e ficcional.
Todo bêbado é uma realidade ficcional?
Todo escritor é um ficcionista das realidades? 
Cachaça também é cultura, e só exportamos 1% da produção nacional. Olha só o potencial! Não dou a menor importância ao caneiro, mas dou valor a quem conhece as boas cachaças. Geralmente são sujeitos ou sujeitas que contam boas histórias e são boas observadoras do mundo, tais pessoas. Tal como os escritores. E por falar destes, neste sábado pela manhã, às 10 horas, haverá um encontro deveras interessante e inspirador: Mia Couto e José Eduardo Agualusa, com mediação de Zuleide Duarte, sobre literatura e realidade. 

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

PT lança manifesto em defesa dos réus do mensalão


"A cúpula petista criticou também o uso da teoria do domínio do fato 
para a condenação dos réus. Isso, de acordo com o PT,
gera o risco de insegurança jurídica."
Diz o noticiário em 14 de novembro de 2012 - podem checar nos sites noticiosos na internet.

    Ora, talvez o tal mensalão nem tenha existido, isto é, parlamentares botarem as mãos numa grana alta, mensalmente, para apoiar o Poder Executivo - o Governo Lula - no Congresso. Mas quando dezenas de membros do alto escalão petista se defenderam alegando que tudo aquilo não passou de um problema de caixa 2, a meu ver, confessaram toda a culpa, apenas admitindo um delito que prevê uma pena menor, dessas que não põem as pessoas no xadrez.    Mas o STF não entrou no jogo - aparentemente semântico, e não de sentido - e concluiu que o crime foi mesmo de formação de quadrilha para que , de maneira contumaz e recorrente, se comprasse o comportamento de caras como Pedro Correa e Valdemar Costa Neto. Gente de caráter ilibado, como dizem os antigos.     E quer saber, não sei da vida destes últimos, nem tenho prova contra ambos. É tudo uma questão de domínio do fato para a presunção de desconfiança absoluta destes.É assim que a roda roda.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Dosimetria no mensalão


Esse nome é engraçado para uma penalidade jurídica: dosimetria.
Não sei se forço a barra. Não sou alcoólatra - todos dizem isso, eu sei,
mas não  consigo não  pensar em dose, dose de alguma bebida.
Por isso acho engraçado juntar dose com metro  e formar
dosimetria. Parece que alguém quer saber o quanto você
bebe por metro quadrado, ou melhor, por
metro cúbico. Mas não é nada disso: 
- Os juízes do Supremo irão determinar quantos anos
os mensaleiros passarão na cadeia sem tomar
uma dose de uísque. Ops, me engana
que eu gosto.

Charge publicada na Folha de Pernambuco em 13/11/2012

Náutico e Sport, descompasso de preocupações


Tem sido assim: o sport com sua "arrogância", acha que agora a coisa vai, pois, embora esteja na zona de rebaixamento, a três pontos dos dois próximos colocados, há uma luz no fim do túnel.
Enquanto isso, alguns torcedores do Náutico, embora com confortáveis 45 pontos (o Sport tem 37), e com menos de 1% de chances de cair, andam fazendo contas. Um me disse assim: e se o Náutico perder todas as que restam?
Nem quis responder que todos os outros, abaixo dele, teriam que vencer todas as que restam, uma coisa estatisticamente possível, mas imponderável, no sentido de inesperável. 
Are baba - se é assim que se escreve (eita, isso foi de uma novela que já passou faz tempo!). 

Charge publicada na Folha de Pernambuco em 12/11/2012) 


sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Qual o tamanho da esperança de sua torcida?


Frequentei nossos estádios desde os tempos em que não havia essa ridícula divisão de torcidas.
Ridículas pois toda a parte central estava misturada por torcedores de ambas as torcidas em disputa - ali havia grupos de amigos e de familiares que alternavam-se aos gritos de gol de seus respectivos times. Cansei de ir ao campo com irmãos, tios e primos. Nenhuma briga ou confusão a vista, e todos tomávamos a preciosa cerveja geladinha (não raro, mais pra quentinha, bleagh!).
Na Ilha do Retiro as organizadas ficavam atrás das barras e nelas se encastelavam sempre um grupinho de desordeiros que ficava incitando briga, acobertados pela massa de iguais. Eram mais ou menos facilmente controlados por poucos policiais. No meio, quem era doido de brigar? Primeiro, ninguém sabia o time de seu vizinho de arquibancada - o que não deixava qualquer nervosinho seguro pra puxar confusão: não havia certeza de estar em vantagem numérica. Segundo, ninguém queria ver seu amigo ou parente apanhado de alguém. Às vezes, num Sport x Náutico, havia até torcedores do Santa Cruz, uniformizados, e pequenos grupos das três torcidas faziam bolo e casavam dinheiro, apostando na camisa de quem faria o primeiro gol. Uns felizardos ainda pagavam rodada de cerveja para todos. Detalhe: Era a garrafa grande dividida em copinhos de plástico. 

Esperança

Isso me fez conhecer a personalidade das torcidas, especialmente no quesito esperança. Não há glória nem demérito no que vou dizer, apenas uma questão social, dialógica, sem líder, natural. 
 Náutico 
A torcida do Náutico é a mais insegura. O termo covarde é um tanto pesado. Qualquer ameaça, enrola-se as bandeiras e as lágrimas rolam. Abandona-se o estádio antes do final da batalha (ops!). Em compensação, quando o timbu está por cima da carne seca, é a mais barulhenta, ruidosa, arrogante e festeira. Então é assim, vai do zero a cem e de cem a zero em questão de segundos. Lembro do jogo em que o Náutico ganhava de 3x0 pro Sport, um belo placar para clássicos e dava ao timbu uma vantagem enorme para a segunda partida na Ilha. Bastou o Sport fazer um golzinho, já em meados do segundo tempo pra festa acabar. Os olhares preocupados tomaram conta da sala, onde todos via a partida, gente dos dois times. Ainda com um placar péssimo, os rubro-negros começaram a tirar onda. Parece que o espírito era o mesmo da equipe. O Sport foi pra cima e, no abafa, acho que já era o Tobi, fez o segundo gol, terminando o jogo em 3x2 para o Náutico. Mas juro, quem festejava era a torcida do Sport! Na Ilha o Leão fez, se não me engano, 2x0 e ficou com o título (se errei algum número não faz diferença ao fato). Finalizando, quando o Náutico está muito bem, vemos torcedores indo pro jogo com a camisa novinha, de quem acabou de comprar uma porque vai a campo na suposta vantagem. 
 Sport 
A torcida do Sport é a que mais empurra o time. Mesmo na desgraça, ainda acredita e dá uma força extra para conseguir o empate e a virada. Pode o jogo estar quatro a zero pro adversário. Mas tem um detalhe, o time necessariamente tem que demonstrar "raça" e disposição para reverter o quadro. Senão, tome vaia! Já vi o Sport perder jogo e ser aplaudido no final, como ser vaiado, mesmo com a vitória. Tem quem jogue a toalha com o time com 96% de chances de ser rebaixado. Mas basta um resultado positivo ou o tropeço de um concorrente, que a esperança volta e vai ficando do tamanho do Sol - pra ser modesto. Minha mulher sempre diz, "agora que não tem mais jeito é que tu vais a campo, né?" - É que não dá pra ver pela televisão a última chance matemática ir embora, é como se a culpa recaísse sobre quem não está lá. Então é assim, quanto maior o desafio, maior a esperança. Parece raciocínio de jumento, mas é de leão mesmo.
 Santa 
Já o Santa Cruz, não preciso me alongar. Todos acabamos de ver o que sempre foi e há de ser: a torcida vai a campo em massa, seja lá qual for a situação do time ou o tipo de campeonato. Não pensem que quando o Santa chegar na Série A (eu acredito, pois sou rubro-negro) vai dobrar o número de torcedores, como faz a torcida do Timbu - são aqueles 40 mil mesmo que são presença contra o Luverdense ou contra o Santos de Neimar, o Flamengo de Zico ou o Corinthians de Sócrates. São uns loucos previsíveis: simplesmente tão lá. Ponto. 

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Eles matam, nós morremos - sobre números

As explicações de economistas e demais soldados
da área financeira revelam, desculpem o clichê, a frieza dos
números. Assim, eles tomam decisões sobre o câmbio, sobre
as dívidas interna e externa, ou do percentual que vão cortar
da educação ou da saúde. Quase nunca parecem revelar
o que ocorrerá, de fato, com as pessoas reais, comigo,
com você. Desse modo, a gente se ferra ou se dá bem
com um estalar de dedos - ou melhor, uma rubrica
desses sujeitos. Que nem os militares: se a gente
atacar pelo flanco, morrerão mais 10 mil homens, mas,
a guerra poderá terminar 1 mês antes.
É por isso que faço parte das áreas das artes
e humanidades. Não te matarei nunca.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Deu Obama, não precisamos vomitar


                                       

Ao contrário do Brasil, nos EUA o DEM, ou seja, os democratas, são menos conservadores que seu antagonista maior, os republicanos. Estes últimos cheiram à Bush(a) de canhão, à guerra.
Não que Obama e demais democratas sejam os voluntários da paz, mas, em geral,
são mais palatáveis - têm posições mais vanguardistas, no mínimo em
relação às denominadas minorias.

Deu Obama, amém!

Acordei com o noticiário da vitória de Obama,
segundo in(d)ício das apurações, pesquisas e tendências estatísticas.
Aqui pra nós, e para eles, se Obama não é a solução de todos
os problemas, com certeza, o Mitt Romney e sua trupe
(e põe trupe nisso) de cowboys fariam um mal
não calculado mais presumível ao mundo em geral
e ao deles em particular. Principalmente aos
demais habitantes não brancos-cor-de-leite.

Charge feita enviada ontem e publicada hoje na Folha de Pernambuco, em 07/11/2012

Sobre falta de água e de gasolina, quem é a estrela?


Pois é, faz anos que a seca assola o Nordeste, e que falta água
nas torneiras de muitas residências por motivos operacionais, acidentais
ou de gestão da água potável. Manchetinha nos jornais,
noticiazinha nas rádios, reportagenzinha nas TVs...
Mas deixa faltar meia-hora de gasolina em algumas bombas:
é um pandemônio. Parece o holocausto. Todos querem encher
o tanque o tempo todo, como se fosse a última gasolina
encontrada no deserto. Etanol? Ah, esse ficou
longe do custo-benefício. Tá faltando competência
na gestão do combustível da cana: que sentem-se
à mesa canavieiros, usineiros, governos e distribuidores,
e demais atores. Falar nisso, tem muito artista
nesse cenário. De bandido sobra nós, consumidores,
fazendo fila pra abastecer. 
Vou ali tomar uma água de coco e já volto.

Náutico, ser caseiro é bom!


Time caseiro! Ora, pois, o que poderia ser
um chingamento, uma desqualificação, é justamente
o que está salvando o Náutico do rebaixamento. Na verdade
o Timbu tem rondado sempre a faixa intermediária da Série A
do brasileirão, e mantém aceso o sonho - ou meta - de
classificar-se para a Sul-americana.
Mas fica a pergunta, ou desafio: que tal jogar
mais uma bolinha fora de casa, hein? Seria o diferencial
para sonhar mais alto. Quem sabe
no próximo ano?!

domingo, 4 de novembro de 2012

Amigos do alheio e ou das fraudes


Este, no mínimo, era o mais esperto que Sherlock Holmes.
O cara tem expertise em empréstimos bancários com jeitinho brasileiro.
Mas o STF não endossou as transações e talvez o Marcos seja trancafiado.
Esse fiado aí foi sem querer, não foi trocadilho com dívidas do PT com
outros partidos ou de demais partidos com o PT. 


Por falar em jeito brasileiro, tem uma maniazinha que me tira do sério:
Quando se pensa que se tem algum poder que de fato não se tem, quer-se
amordaçar a imprensa. A mídia não "deve" filmar julgamentos, nem homens
(ricos ou poderosos - sim, pois há destes tipos falidos) algemados,
nem dólares nas cuecas, meias ou sacolas. Os jornais não
devem mostrar o rosto de corruptos confessos, antes destes
serem julgados e condenados.
Mas para o pobre, que sai todos os dias nos jornais,
tenha roubado um chocolate num mercadinho ou sido
confundido com algum bandido. Aí ninguém aparece para
propor "mudanças na Lei de Imprensa".
Ora, calem-se todos em sua presunção, arrogância
e prepotência. A imprensa erra, sim, comete injustiças, também,
mas ela é a garantia da liberdade e da democracia.
Quando estas duas são atacadas quem é primeiramente
calada, incendiada, ameaçada, controlada, empastelada?

(Charges publicadas, respectivamente, em 03/11 e 04/11/2012 na Folha de Pernambuco)

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

CPI do Cachoeira faz mais água com ajuda de governistas


Governistas no Congresso fazem acordo para que a CPI do Cachoeira dê com os burros n'água, ou seja, não investigue a promiscuidade com a Delta, empresa que parece ter molhado as mãos dos que acham que bandido é só traficante que mora na periferia.
Mais cedo ou mais tarde, essa corja de empaletozados que usam os caminhos da política para achar o mapa do tesouro: os cofres públicos.
A pirataria com saques e pilhagem só mudou os meios e métodos, mas os objetivos continuam o mesmo: enriquecer sem a força do trabalho lícito. Saqueando.

Charge publicada na Folha de Pernambuco em 01/10/2012

Windows 8 no Sport


Depois do escuro, de tentar tantas combinações de jogadores e treinadores, o Sport instala em seu elenco o Windows 8.
É assim:
Os jogadores fazem uma fila, como nas missas, e o treinador Sérgio Guedes, agora travestido de cyberpadre, distribui a hóstia consagrada, muito mais sensível ao toque dos dedos. Assim, quando o jogador errar um passe, o técnico dá uma dedada - calma - no olhos do errão para corrigir o prumo da bola.
Vamos ver se funciona contra o Vasco, no próximo domingo.

(Charge publicada na Folha de Pernambuco em 31/10/2012)