sábado, 16 de março de 2013
segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013
Geraldo o onipresente que o povo já percebeu
Talvez o prefeito do Recife sita-se o homem mais pressionado pela (socie)cidade.
Sabemos das condições de sua candidatura, de sua campanha e de sua vitória.
Sabemos dos compromissos assinados em cartório, que ele próprio - em
lugar de esquecer - como outros já o fizeram, faz questão de lembrar.
E, no caso, de se cobrar e, claro, de cobrar da equipe, de seu
secretariado e adjacências. Ele se compreende na missão
de ser o melhor prefeito que o Recife já teve. Talvez
seu maior desafio ainda seja o de superar a si
numa eventual mais-que-possível segunda
gestão. Espero que ele tenha um guru
e um terapeuta 24 horas, online
dentro do peito. E o povo
já percebeu e vai cobrar
à altura, ou nas
alturas.
(Charge publicada na Folha de Pernambuco em 04/02/2013)
Na Câmara e no Senado, votaram em leite derramado
(Charges dos dias 02 e 05 de fevereiro que fiquei devendo.)
Da primeira charge, confesso, gostei da frase "vota em leite derramado".
Acho que isso define bem nosso País e o Congresso que temos.
O povo (parte) votou em Renan e os senadores (parte)
também o escolheram para chefiar a Casa.
Enquanto isso, fico aqui fazendo charge
sobre o leite derramado, sobre o
pão que caiu no chão com
o lado da manteiga
para baixo.
domingo, 10 de fevereiro de 2013
quinta-feira, 31 de janeiro de 2013
As boates são a ponta do iceberg
De vez em quando tem um incêndio
nos velhos casarões na Boa Vista, Ilha do Leite
e arredores, nos velhos casarões. Mas aqui e ali vemos
os bombeiros debelando chamas. E se uma igreja
pegar fogo com uns mil fiéis lá dentro?
Nem quero fazer piada pronta,
pois o momento não aceita
esse tipo de merda.
Só acho estranho o País inteiro
cheio de moral contra boates. Tá bom, conheço
elas e a ganância somada à irresponsabilidade de seus donos.
Só digo que devemos abrir o leque. Onde tiver muita
gente sem garantia de escoamento rápido em cado
de incêndio, que se tome as providências
legais e óbvias, antes que
seja tarde, muito
tarde.
Ficha limpa no Congresso já!
Qualquer ato diferente disso,
é desconfortável - para ser polido, ou,
escrotíssimo - para ser grosseiro. Não cremos
em santos na Terra. Nem todo mundo é o demônio encarnado.
Porém há nomes mais palatáveis, ou aceitos que os já postos.
O PMDB junto com o Governo darão u tiro no pé
colocando Renan na presidência do Senado.
Logo Dilma, que está se esforçando
por uma agenda positiva,
sei não...
Seu guarda, vou ali tomar uma...
Em 1996, por volta da meia-noite,
passando pelo Cabanga em direção ao Pina,
fui parado por uma blitz da Militar.
- Boa Noite!
- Boa!
Respondi para o policial sorridente e fui logo me entregando.
- Olha, seu guarda, estou todo errado. Documento vencido, estava trabalhando até agora.
Estou aqui com 20 mangos pra tomar umazinha ali na Soparia do Pina. Estou cansado e
preciso de uma cervejinha pra ir dormir.
Quando a gente tá errado fala tudo no diminutivo, né?
- Problema não, fica 10 pra cada um que também dá pra cervejinha do guarda, né?
É claro que ele também falou no diminutivo.
Tomei meus 10 contos de cerveja enquanto ouvia alguma banda ao vivo
e fui pra casa dormir, pra tirar um soninho, porque depois teria
que acordar para dar meu expedientezinho na ufpezinha.
Impensável um papo desse hoje. Quem é que
hoje em dia diz para o guarda, estando no volante,
"vou ali tomar uma"?
segunda-feira, 28 de janeiro de 2013
Charge sobre a tragédia no RS
As charges são feitas sobre os assuntos que circulam nas mídias,
sejam desportivos, culturais, políticos, escandalosos ou trágicos.
Em qualquer deles, há o desafio de se acertar o tom.
As charges são um tipo de enunciado do campo do humor gráfico,
mas não são necessariamente para rir. Muitas das charges
feitas durante a ditadura militar não era para rir,
deveriam apenas ser interessantes e combativas.
As tragédias também podem e devem ser
filmadas e delas podem ser feitas belas
reportagem, mesmo sobre o sofrimento.
O problema é que vemos a exploração do mau gosto,
do desrespeito e da falta de ética. Sempre fico puto quando
assisto pela TV um repórter perguntando a uma favelada que acabou
de perder o filho e a casa num incêndio, ainda se restabelecendo de queimaduras
na maca de um pronto-socorro: "e agora, como é que vai ser?"
A mulher pensa e só consegue deixar cair uma lágrima. Aí o intrépido
jornalista, com seu dever cumprido (conseguiu a imagem, né:), diz "Fulano de Tal
para o Jornal Tal, diretamente do Hospital Qual".
Publicada na Folha de Pernambuco em 28/01/2013
"O ingresso de meia já acabou"
Já fui a campo de futebol comprar ingresso na manhã que começou a venda
e me senti um palhaço sem graça, ao ouvir "o ingresso de meia já acabou".
Se, para atender aos empreendedores, foi sancionada uma Lei que
permite pôr como meia apenas 40% dos ingressos, que assim
o seja. Penso que os Procons por aí deveriam ter como
uma das metas investigar os casos.
Publicada na Folha de Pernambuco em 22/01/2013
Dilma no Galo da Madrugada
Lá vai Dilma toda prosa
de confete pro Nordeste
Vai de verbas e dengosa
Gibão de cabra-da-peste
Tá com um olho na missa
Outro mira Eduardo
Que seu trono já cobiça
mesmo sendo aliado
Desse modo Dilma agrada
E vai dando seu recado
Até galo ela afaga
Beijo carnavalizado
Se ficar o Temer pega
se correr Aécio come
É melhor Dudu na vice
que deixar tudo pros home.
Cuidado com o papangu do Recife, menina!
Publicada na Folha de Pernambuco em 21/01/2013
Quem fará um filme sobre o mensalão?
Depois vi que a grana levantada ficou bem aquém
das multas impostas pelo Supremo aos condenados no
processo do mensalão. Mas valeu pelo calor humano, pela
solidariedade em carne e osso em tempos de Facebook.
Talvez algum dia contem essa história direito. Um
cabra bom para bastidores e porões do poder
seria Claudio Assis. Um nome?
"Vermelho melancia".
Charge publicada em 18/01/2013 o comentário é de hoje.
Assopra e morde com a luz e a gasolina
Eu tiro com uma mão e reponho com a outra.
Dilma falou em cadeia nacional sobre o barateamento nas contas de luz.
Mas não vai mover uma palha para aparecer como cúmplice
do aumento da gasolina, posto que seria uma agenda negativa.
Agora é assim, o que é bom pra dois mil e catorze,
põe na testa em rede nacional. O que não for,
esquece.
15/01/2013
Os prefeitos e as chuvas
O homem é assim. Quando se é morador, se irrita com a cobrança de taxa extra;
quando se é síndico, se providencia uma taxa extra pra resolver algum pepino.
Na prefeitura, até a senhora que faz o cafezinho se aperreia com um céu
mais escuro - mesmo que ela não more num lugar alto.
Quando Gerardo não era prefeito era apenas uma vítima dos alagamentos
na cidade. O culpado era João da Costa, São Pedro e todos os que
jogam lixo no canal e nas ruas. Agora Geraldo é o prefeito, portanto
o nome a ser lembrado, o nome a ser xingado quando a cidade
estiver atolada no caos. Caso ele minimize os efeitos da chuva, será um
abençoado. Mas lembro que a topografia não ajuda, e o povo,
aquele mesmo que aplaude e vota, e o mesmo que
cobra - e o prefeito da cidade é o primeiro
a ser pego pra Cristo.
14/01/2013
Banco Central deve crer ou prever?
Tombine - olha a piada pronta - Presidente do BC
acredita em Papai Noel. Ele também crê na queda da inflação
ao longo do ano. Ora, sabemos que o poder estabelecido
não detém o poder absoluto sobre o mercado e sua
volatilidade: o mercado financeiro não aguenta
uma fofoca que a bolsa despenca.
Preferia que o dito fosse:
Presidente do Banco Central trabalha para queda da inflação.
Quanto a crer, isso fica para quem dá dízimo pra
líder espiritual (como assim) ficar milionário.
quinta-feira, 10 de janeiro de 2013
Bloco de sujos evita Recife Antigo
O prefeito tá virado num moi de coentro.
Agora é faxina, faxina e faxina.
Promessa de campanha.
Promessa cumprida, vida longa na política.
Aliás, li hoje em algum lugar que é mais fácil um técnico
transformar-se num político, que político num técnico.
Que nessa transformação Geraldo não
troque a pilha duracell por uma dessas
fraquinhas, de alguns políticos.
quarta-feira, 9 de janeiro de 2013
segunda-feira, 7 de janeiro de 2013
PCR e serviço público profissionalizado
Aleluia! Serviço público a caminho - sem volta, espero - da profissionalização.
Quem já trabalhou na iniciativa privada, pelo menos as que funcionam, sabe que
todos os passos são vigiados, quer dizer, monitorados.
Todos prestam contas a todos ou às instâncias superiores.
Quando trabalhei em cargo executivo, pela última vez em um jornal da cidade
do Recife, fazia relatórios diários sobre o que havia acontecido durante
meu turno, que eram submetidos às editorias no dia seguinte.
Esses relatórios também monitoravam o próprio desempenho das
editorias através da qualidade geral das páginas dos respectivos
cadernos. Era normal e era seguro.
Você teria que mostrar diariamente a que veio
e porque estava sendo pago.
Além disso, o relatório era uma contribuição
indicativa do que andava bem e do que poderia melhorar,
além de dar uma sensação de pertencimento e de eficiência, esta,
relativa às respostas de seu superior imediato.
Deve-se, enfim, remunerar bem e cobrar resultados.
É assim no futebol, deve ser assim num relatório de pesquisa, no hospital,
nos negócios em geral, nas universidades... No mundo.
As pessoas assumem responsabilidades e estas não devem
ficar por conta do bode, senão, o serviço dá bode mesmo.
domingo, 6 de janeiro de 2013
Inauguração, faxina e cacarejo
Geraldo Júlio, no primeiro dia de trabalho, levou secretários e uma trupe
de servidores para ver o terreno e assumir compromisso e prazo com o Hospital da Mulher.
Acho que vi uns dois ônibus chegando e levando o pessoal de volta pra sede, pela TV.
Vi críticas nos jornais de que o ato foi espalhafatoso e desnecessário.
Aí me lembei da gestão de João da Costa: ou ele não fez e ficou
com a avaliação lá em baixo; ou botou os ovos e não cacarejou, deixando
os cidadãos com a impressão da inoperância.
Acontece que Geraldo ou seus assessores também lembraram disso e
partiram para o cacarejo, isto é, botaram a boca no trombone.
Agora é assim, fico sabendo até pelo twitter se os caras estão em reunião. Aliás,
agora a pouco, no domingo a tarde, li que tava tudo reunido após
vistoriar uma faxina no Recife Antigo.
É trabalho, trabalho e trabalho. E muito cacarejo
que ninguém é mais besta.
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