terça-feira, 16 de outubro de 2012

Advogado de criminosos




Começa assim, todo mundo faz merda, ninguém quer ir para a cadeia.
Tenho visto réus confessos dizer como e porque "fizerem aquilo". No dia seguinte, aparece um advogado dizendo: meu cliente é inocente, ele confessou o crime sob tortura (ou coagido pela polícia).
De repente ouvimos as maiores sandices para explicar o inexplicável: porque não fui eu quem fez o que fiz.
Ou então o surrado "nada a declarar" ou "só falo na presença do meu advogado".
Advogado: um dia você vai precisar de um. E é ótimo, é um alívio ter alguém que "entende de Lei" para impedir que sejamos, digamos, atropelados por acusações que não nos cabem, ou sob exageros.
Penso que, mesmo um culpado e réu confesso deve ser protegido confortavelmente por um advogado. Este é aquele profissional que impedirá que um promotor faça um linchamento à essa pessoa, que pode levar um castigo bem maior do que ela merece.
Encurtando os finalmentes: a Lei não deveria ser condescendente com qualquer advogado que tente criar uma história - a tal peça montada para ludibriar a justiça (a revelação da verdade ou da autoria) a fim de livrar seu cliente da pena a que faz juz perante a Lei dos homens.
O que vemos: o advogado instrui seu cliente a mentir, a sonegar informação, a calar, e ainda forja testemunhas (falsas, reforço) para aliviar ou livrar criminosos, ou seja, são comparsas do criminoso.
Depois de tudo, seja o réu absolvido ou condenado, saem sorrindo, dando entrevistas, e aumentando a carteira de clientes de seus escritórios.
"Puta merda, acabei de dar 10 tiros na cara de fulano e joguei o corpo no rio"...
- Tem nada não, contrata o Dr. Vivaldino que ele arruma uma boa história pra polícia (e a justiça) engolir e tu ficas rindo de todos no fim.
(Maluf é procurado pela Interpol em vários países, mas no Brasil pode ir a um supermercado fazer umas comprinhas)
Viva a república dos bachareis!

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